Zakusala

Riga é a capital financeira e comercial emergente dos países bálticos, com uma das economias de crescimento mais rápido da Europa. Desde a independência da Letônia em 1991 e sua subsequente entrada na União Europeia, os investimentos estrangeiros floresceram, com atividades em expansão em todas as áreas significativas da economia letã.

A localização geográfica da Letônia confere a ela uma posição única como uma capital europeia no ponto de convergência entre a Rússia e a União Europeia.

MASTERPLAN

A Ilha Zakusala apresenta uma oportunidade de desenvolvimento muito rara e especial. Enquanto a beira-mar de Riga é definida por seu passado industrial, Zakusala oferece a possibilidade de começar do zero e criar um novo tipo de desenvolvimento à beira-mar, onde arquitetura e paisagem, investimentos locais e internacionais, investimentos públicos e privados conformam a integridade do conjunto.

Para o masterplan de Zakusala, iniciamos o processo identificando as características locais, tais como a orientação, as adjacências, o acesso, a infraestrutura, as qualidades naturais, as visuais, propriedade(s) e, a partir disso, estabelecemos um quadro de zoneamento hipotético.

A estratégia de desenvolvimento parte da condição dialética entre construído e não construído, onde a concentração e a abertura podem ser exploradas, mantendo a proximidade mútua e a sinergia. A ilha é dividida por uma ponte, onde metade da ilha permanece um parque dentro do anel da UNESCO e a outra metade explora novas formas de densidade.

A consolidação reduz a redundância e promove a programação híbrida, a sinergia entre funções e o crescimento. A beira-mar é liberada para diversas atividades públicas.

O setor de turismo em rápido desenvolvimento tem criado uma pressão por acomodações hoteleiras em Riga. A estratégia para Zakusala capitaliza essa necessidade, criando grandes hotéis.

Os hotéis são destinos únicos, como ilhas temáticas que organizarão o desenvolvimento futuro. Tendo os hotéis como catalisadores para o desenvolvimento, o restante do local pode evoluir com bastante liberdade, seguindo a demanda de mercado.

Um zoneamento “flexível” é formado pela combinação do magnetismo de núcleos urbanos compactos e altamente específicos, progressão programática das áreas comercial e cultural, estrutura de tráfego hierárquica, espaço aberto protegido e espaço público significativo.

Inspirado na torre de TV na extremidade leste do local, um parque é projetado – uma nova síntese de entretenimento, lazer e educação.

O Tapete Vermelho

O Tapete Vermelho é uma passarela central para pedestres que atua como um tecido conectivo distinto para programas subordinados a ele. Ocupado por um centro de mídia, exposições, varejo, vida noturna, cafés e restaurantes, ele conecta os espaços públicos internos e externos mais importantes entre si e simultaneamente à beira d’água.

Praça Central

A praça central é definida por um corte paisagístico entre as duas fases do desenvolvimento. Com duas grandes piscinas, a praça tem uma existência bilateral, funcionando como pista de patinação no gelo no inverno e como área de lazer no verão. A arena, acessada pelo tapete vermelho, foi concebida como uma caixa preta capaz de abrigar apresentações tanto de dentro como em direção à praça.

Beira-mar

Ao longo do lado nordeste da ilha, há um boulevard arborizado. A passarela de pedestres desce para fornecer acesso ao rio, marcando simultaneamente as entradas dos hotéis e do Tapete Vermelho. A passarela continua à beira-mar, passando pela marina e pelo ponto de táxi aquático e, se estreitando gradualmente por um caminho que segue a beira d’água pelo parque natural até a ponta da ilha.